sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Rodas - Beleza vs. Funcionalidade

Muitas pessoas equipam seu carro com rodas cada vez maiores com a intenção de embelezar e ganhar maior estabilidade, mas isto funciona na prática?

Rodas com diâmetros maiores (do que as originais de fábrica) mudam as características de alguns carros. Por que apenas alguns carros? Porque se você realizar a troca, por exemplo, de um carro 1.0 convencional, a relação de marchas ficam mais longas o que pode comprometer o desempenho do carro pela falta suficiente de força do motor, além do arrasto maior no solo e consequente aumento de consumo. Já em carros com maiores potências e curvas de torque a rotações mais elevadas, estas diferenças serão menos sentidas.


Particular cuidado deve ser tomado ao adquirir rodas usadas, pois muitas vezes podem ser reformadas e escondem grande perigo para os motoristas, já que os consertos geralmente não ficam bons como deveriam, aumentando a possibilidade de quebras e conquentes acidentes.

Outro cuidado em relação a substituição das rodas, é em relação a troca dos parafusos de fixação. Os parafusos que prendem as rodas de aço estampado tem o encosto do corte, ou até mesmo alguns originais de roda de liga, são abaulados.enquanto que os parafusos para as rodas esportivas, tem perfil cônico. Utilizar parafusos trocados, implica em fixação inadequada, podendo fazer com que a roda "dance" e desgaste dos pontos de encosto.

Rodas com tala (bitola) larga, influenciam a dirigibilidade negativamente. Além disso, a dirigibilidade também é afetada por um offset positivo ou negativo. A maioria das rodas fabricadas no Brasil tem o offset positivo (o cubo da roda fica alinhado com a lateral da roda ou para fora) que deixa o carro confortável e estável em qualquer situação. Já rodas com offset negativo - aquelas rodas com talas largas e grandes bordas estilo "invocado", tem seu cubo no fundo e as talas para fora. O maior problema deste tipo de roda é que em alguns casos o aro avança além dos paralamas, tornando o carro indirigível devido a inversão de offset e maior esforço da suspensão, gastando de forma irregular os pneus mesmo com alinhamento e bom ajuste de cambagem.

Faça algumas contas e veja se é possível mudar a roda sem mudar a relação final. Para calcular a relação da roda e pneu, multiplique a altura (ex.: 60 mm) por 2 (dois) e dividido por 100 (cem), para dar o reultado em centímetros (12,0 cm). Depois multiplique o aro da roda (aro 14) por uma polegada (2,54 cm) para saber o valor em centímetros. Some os dois valores e compare com a medida a ser trocada. Para manter a relação original a diferença não deve passar de 0,5 cm. Tomando a relação de câmbio, velocímetro e consumo não se alterarão.

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